Ontem, voltando da escolinha com Matias no colo, presenciei uma cena que quero guardar no coração.
Um dos prédios do nosso caminho de volta para casa tem uma entradinha com grama falsa e algumas “estátuas” típicas de jardim: sapo, lagartas, cogumelos. Matias anda na fase do sapo: fala “apo” e pula o dia inteiro. Antes de chegar nesse prédio, perguntei ao Matias: “será que o sapo vai estar lá? Será que vamos conseguir vê-lo?”.
Ele ficou animado, ia procurando o sapo em cada prédio que passamos. Quando chegamos no prédio certo, os olhinhos dele brilharam e ele fez aquela carinha de “olha, ele tá ali”. Foi lindo de ver tanta alegria, tanta pureza, tanto deslumbramento. E ele ainda ficava fazendo sinal de “vem” para o sapo, como que convidando o bichinho de mentira para brincar.
Foi lindo. E eu queria guardar esse instante numa caixinha para, nos dias mais difíceis, lembrar o Matias que por mais complicadas que estejam as coisas, esse olhar brilhante já morou dentro dele um dia. E é só procurar direitinho que ele vai encontrá-lo novamente, sempre.